O percurso liga a Cidade do Romeiro ao Porto de Itaguaçu, onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada em 1717. Uma paisagem lindíssima é vista por aqueles que percorrem o Caminho do Rosário que, ao longo de 1.200 m de percurso, conta com a beleza da natureza e 20 estações que retratam os mistérios do Rosário: Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e Luminosos.
O palco para essa verdadeira experiência cristã é um imenso jardim de 65.000 m², minuciosamente projetado e executado às margens do rio Paraíba. Assim como cada uma das mais de 200 estátuas em tamanho real e dos cenários que compõe as estações dos Mistérios, cada espécie vegetal escolhida tem ligação direta com as passagens bíblicas retratadas.
O Caminho do Rosário é uma experiência incrível, onde a arte de Deus e a arte do Homem se encontram, e que pode ser feita a pé ou a bordo do Trem do Devoto.
Vistas de longe, marcadas em desenhos, reconhecidas por fotos e obras renomadas, as 5 cúpulas do Santuário Nacional são cartão postal da cidade e representam toda a peculiaridade da Basílica.
Após pesquisas entre os materiais disponíveis no mercado para o revestimento, o cobre foi o que apresentou melhor desempenho comprovado, se moldando com facilidade às curvaturas bidirecionais das cúpulas.
Segundo palavras de D. Darci Nicioli: “O cobre é perene e traz profunda identidade com a arquitetura eclesiástica. Encontramos muitas igrejas por todo o mundo, cujas coberturas foram concebidas com o cobre, sendo que diversas delas, com centenas de anos, estão com o mesmo material de origem.”
O campanário, cuja concepção é de autoria do Arq. Oscar Niemeyer, foi erigido no Jardim Norte da Basílica. A construção mista (metálica e concreto), que tem altura de 37,5m e pesa cerca de 285 toneladas, foi um desafio de engenharia civil e mecânica nas etapas de projeto e obras.
Os sinos, produzidos na Holanda, receberam um tratamento especial. Cada um tem iconografia especialmente concebida pelo artista sacro Cláudio Pastro, com características específicas a quem são dedicados: os 12 Apóstolos e outro à Sagrada Família. Além das badaladas produzidas pelo “balé de seu balanceio”, possuem martelos automatizados que os transformam em instrumentos musicais perfeitamente afinados. Juntos, e atuando como um carrilhão, são capazes de reproduzir músicas que ecoam por todo o pátio do Santuário chamando a atenção e tocando o coração de todos os que ouvem e veem o campanário de perto.
Esse é mais projeto singular conduzido pela Lótus, reunindo diferentes especialidades em um só artefato e sendo um claro exemplo do que significa Engenharia Aplicada à Arte Sacra.
Em 2004, a Lótus recebeu a importante tarefa de gerenciar a Restauração da Basílica Velha. Uma construção de 1845, que recebeu do Vaticano, em 1908, o título de Basílica Menor e, no ano de 1982, foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), como monumento de interesse histórico religioso.
O início dos trabalhos ocorreu em fevereiro de 2004, a partir da Capela do Santíssimo. Naquele mesmo ano as atividades também focaram nas janelas de madeira, que foram todas recuperadas, e nas peças de mármore do presbitério e do altar.
Ao longo desses anos, muitos detalhes originais foram recuperados. Alguns, até então, apagados pelas várias camadas de pintura que as paredes receberam sem qualquer critério no último século.
Um órgão de tubos, originário da Alemanha, foi totalmente reconstruído, voltando a estar apto a ser usado no ano de 2015, quando foram concluídas as obras da área interna, marcando a reinauguração da Basílica Velha. Em 2020, a área externa foi finalizada. Assim, o resultado reescreveu a história e o projeto finalizou-se com a entrega da Matriz Basílica totalmente restaurada, em estilo barroco, assim como em sua inauguração em 1888.